CDI Comunidade Crescer Discute Gênero, Racismo e Assistência Social.

Nos dias 06 e 08 de setembro de 2011 o CDI Comunidade Crescer abordou alguns temas sociais com os educandos do Curso de Informática e Cidadania. A educadora kellen Cristina abordou as diferenças históricas e a construção social do masculino e o feminino. Falou também a respeito do machismo, em que o homem se sente superior a mulher, sendo colocada a figura feminina ao longo da historia como ser frágil, incapaz e inferior. Entretanto, nas ultimas décadas, segundo ela, “essa realidade vem mudando”. As mulheres vem ocupando seu espaço na sociedade, que antes era definido como papel social apenas do sexo oposto. A batalha que a maioria das mulheres ainda enfrentam no seu cotidiano, é a dupla jornada de trabalho, porque alem de trabalharem fora de casa para trazerem o sustento da família, o trabalho doméstico muitas vezes sobrecarrega”, ponderou a educadora.

Já na terça feira à noite o CDI Comunidade Crescer recebeu a visita do Conselheiro Municipal de Assistência Social Anizio de Souza dos Santos, que fez uma breve explanação sobre a política municipal de assistência social e o papel que ela desempenha na cidade através do CRAS (Centro de Referencia em Assistência Social), que é a instituição referencia para as famílias no atendimento e acompanhamento psicossocial. Anízio falou a respeito da assistência social ao longo da história e comentou ainda que houve muitos avanços principalmente no que tange a garantia de direitos humanos.

Na quinta feira à tarde o CDI recebeu a visita do historiador Vander Nishijima, que palestrou a respeito das relações étnicos raciais em nosso pais e em poucas palavras resumiu que o racismo consiste em uma raça se sentir superior a outra. Vander trouxe um pequeno resgate histórico do processo de colonização de nosso país, na qual foi usada mão de obra escrava negra, ”com os brancos sempre acreditando serem superiores aos negros.” A questão do preconceito racial eclodiu mais ainda a partir da abolição da escravatura no final do século XIX. Quando os negros foram libertos, porém, “o estado não garantiu direitos básicos pra esta população”, recordou Vander. Ele citou exemplos simples do cotidiano, na qual o negro é relacionado de forma negativa e inferior. Exemplificando ele pediu para que os educandos imaginassem um bebê bonito, depois perguntou a cor que tinha essa criança. Todos relacionaram o bonito com o modelo europeu, dando a entender que o racismo persiste em agir no inconsciente coletivo.